terça-feira, 1 de setembro de 2009

Reação de Grignard

A reação de Grignard é uma reação envolvendo haletos de magnésio e alquila ou arila. Ela é importante para a formação de ligações carbono-carbono.

Os reagentes de Grignard são formados reagindo o haleto de alquilo ou de arilo apropriado com o metal magnésio. A reação é conduzida em éter para evitar a reação de neutralização entre o reagente de Grignard e o doador de proton: água.

A reação de Grignard é exotérmica, mas devido à camada de óxido presente no magnésio, o começo da reação é por vezes retardado. Para iniciar a reação é geralmente necessário raspar o magnésio, agitar fortemente a mistura com pedaços de vidro, ou adicionar pequenas quantidades de iodeto, iodeto de metila ou 1,2-dibrometoetano. Todos estes métodos enfraquecem a camada de óxido e expõem o magnésio ao haleto.

É uma reação importante na formação de álcoois a partir de, por exemplo, cetonas.

Cálcio

O cálcio é um elemento químico, símbolo Ca, de número atômico 20 (20 prótons e 20 elétrons) e massa atómica 40 u.

É um metal da família dos alcalino-terrosos, pertencente ao grupo 2 da classificação periódica dos elementos químicos.

Foi isolado pela primeira vez em 1808, em uma forma impura, pelo químico inglês Humphry Davy mediante a eletrólise de uma amálgama de mercúrio (HgO) e cal (CaO).

Potássio - Cálcio - Escândio
Mg
Ca
Sr
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Geral
Nome, símbolo, número Cálcio, Ca, 20
Classe , série química
Metal , representativo
(alcalino-terroso)
Grupo, período, bloco 2 ( IIA ), 4, s
Densidade, dureza 1550 kg/m3, 1,75
Cor e aparência Branco prateado
Propriedades atômicas
Massa atómica 40,078(4) u
Raio atómico (calc.) 180 (194) pm
Raio covalente 174 pm
Raio de van der Waals não disponível
Configuração electrónica [Ar]4s²
Elétrons por nível de energia 2, 8, 8, 2
Estado de oxidação (óxido) 2 (fortemente básico)
Estrutura cristalina cúbica de face centrada
Propriedades físicas
Estado da matéria sólido (paramagnético)
Ponto de fusão 1115 K (842 °C)
Ponto de ebulição 1757 K (1484 °C)
Volume molar 26,20×10-6 m3/mol
Entalpia de vaporização 153,6 kJ/mol
Entalpia de fusão 8,54 kJ/mol
Pressão de vapor 254 Pa a 1 112 K
Velocidade do som 3 810 m/s (293,15 K)
Propriedades diversas
Eletronegatividade 1,00 (escala de Pauling)
Calor específico 632 J/kg*K
Condutividade elétrica 29,8×10-6/m ohm
Condutividade térmica 201 W/m*K
Potencial de ionização 589,8 kJ/mol
Potencial de ionização 1145,4 kJ/mol
Potencial de ionização 4912,4 kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso AN meia-vida MD ED (MeV PD
40Ca 96,941% isótopo estável com 20 neutrons
41Ca Sintético 103,0 anos e-1 0,421 41K
42Ca 0,647% Isótopo estável com 22 neutrons
43Ca 0,135% Isótopo estável com 23 neutrons
44Ca 2,086% Isótopo estável com 24 neutrons
46Ca 0,004% Isótopo estável com 26 neutrons
48Ca 0,187% > 6×1018 anos emissão beta 4,272 48Ti
Unidades SI e CNTP, exceto onde indicado o contrário

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Mineral

Mineral

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Nota: Para outros significados de Mineral, ver Mineral (desambiguação).

Amostras de alguns minerais (foto: USGS).

Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interacção de processos físico-químicos em ambientes geológicos. Cada mineral é classificado e denominado não apenas com base na sua composição química, mas também na estrutura cristalina dos materiais que o compõem. Em resultado dessa distinção, materiais com a mesma composição química podem constituir minerais totalmente distintos em resultado de meras diferenças estruturais na forma como os seus átomos ou moléculas se arranjam espacialmente (como por exemplo a grafite e o diamante). Os minerais variam na sua composição desde elementos químicos, em estado puro ou quase puro, e sais simples a silicatos complexos com milhares de formas conhecidas. Embora em sentido estrito o petróleo, o gás natural e outros compostos orgânicos formados em ambientes geológicos sejam minerais, geralmente a maioria dos compostos orgânicos é excluída. Também são excluídas as substâncias, mesmo que idênticas em composição e estrutura a algum mineral, produzidas pela actividade humana (como por exemplos os betões ou os diamantes artificiais). O estudo dos minerais constitui o objecto da mineralogia.

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Magnesita

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Magnesita

Magnesita ou magnesite é um mineral de carbonato de magnésio (MgCO3). O magnésio pode ser substituído por ferro formando-se uma série isomorfa com a siderita (FeCO3). Pode conter pequenas quantidades de níquel, cobalto, cálcio e manganês. A dolomite (Mg,Fe)CO3, é praticamente impossível de distinguir da magnesita.

A magnesita ocorre em veios em serpentinitos ou como produto de alteração destes ou de outras rochas ricas em magnésio em zonas de metamorfismo regional ou de contacto. Estas magnesitas são muitas vezes criptocristalinas e contêm sílica na forma de opala e cherte.

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[editar] Usos e aplicações

A magnesita pode ser usada para forrar fornalhas pois é quase impossível fundi-la. Pode também ser usada como catalisador e material de incorporação na produção de borracha sintética e na preparação de produtos químicos com magnésio e fertilizantes.

Ficha Técnica

Sódio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O sódio é um elemento químico de símbolo Na (Natrium em latim) , de número atômico 11 ( 11 prótons e 11 elétrons ) e massa atómica 23 u. É um metal alcalino, sólido na temperatura ambiente, macio, untuoso, de coloração branca, ligeiramente prateada. Foi isolado em 1807 por Sir Humphry Davy por meio da eletrólise da soda caústica fundida (se a eletrólise for feita com solução de soda cáustica, irá se obter hidrogênio e oxigênio apenas). O sódio metálico emprega-se em síntese orgânica como agente redutor. É também componente do cloreto de sódio ( NaCl ) necessário para a vida. É um elemento químico essencial.

Sódio - Magnésio

Li
Na
K

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Tabela Periódica
Geral
Nome, símbolo, número Sódio, Na, 11
Classe , série química
Metal , representativo
(alcalino)
Grupo, período, bloco 1 ( 1A ), 3 , s
Densidade, dureza 968 kg/m3, 0,5
Cor e aparência Branco prateado
Propriedades atómicas
massa atómica 22,98976928(2) u
Raio médio 180 pm
Raio atômico calculado 190 pm
Raio covalente 154 pm
Raio de van der Waals 227 pm
Configuração electrónica [Ne]3s1
Estados de oxidacão (óxido) 1 (base forte)
Estrutura cristalina Cúbica centrada
no corpo
Propriedades físicas
Estado da matéria sólido (não magnético)
Ponto de fusão 370,95 K (97,80 °C)
Ponto de ebulição 1156 K (883 °C)
Entalpia de vaporização 96,96 kJ/mol
Entalpia de fusão 2,598 kJ/mol
Pressão de vapor 1,43x10-5 Pa a 1234 K
Velocidade do som 3200 m/s a 293,15 K
Informações diversas
Eletronegatividade 0,93 (Pauling)
Calor específico 1230 J/(kg·K)
Condutividade elétrica 21x106/m Ω
Condutividade térmica 141 W/(m·K)
Potenciais de ionização
1º ="495,8" kJ/mol 6º ="16613" kJ/mol
2º ="4562" kJ/mol 7º ="20117" kJ/mol
3º ="6910,3" kJ/mol 8º ="25496" kJ/mol
4º ="9543" kJ/mol 9º ="28932" kJ/mol
5º ="13354" kJ/mol 10º ="141362" kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso. AN (%) Meia-vida MD ED (MeV) PD
22Na Sintético 2,602 a ε 2,842 22Ne
23Na 100 Na é isótopo estável com 12 neutrons
Unidades SI e CNTP, exceto onde indicado o contrário

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[editar] Características principais

Semelhante aos outros metais alcalinos é um metal macio, leve e de coloração prateada.

É muito abundante na natureza, encontrado no sal marinho e no mineral halita. É muito reativo, no teste de chama arde na cor amarela, se oxida com o ar, reage violentamente com a água e é muito corrosivo quando entra em contato com a pele.

Não é encontrado livre na natureza. Decompõe a água produzindo um hidróxido com desprendimento de hidrogênio. Normalmente não arde em contato com o ar abaixo de 388 K (115 °C).

[editar] Aplicações

O sódio metálico emprega-se em síntese orgânica como agente redutor. É também componente do cloreto de sódio ( NaCl ) necessário para a vida.

Outros usos:

[editar] Papel biológico

O cation sódio ( Na+ ) tem um papel fundamental no metabolismo celular como, por exemplo, na transmissão do impulso nervoso através do mecanismo bomba de sódio. Mantém o volume e a osmolaridade. Participa nas contrações musculares, no equilibrio ácido-basico e na absorção de nutrientes pelas células.

A concentração plasmática de sódio é em condições normais de 135 a 155 mmol/L. O aumento da concentração de sódio no sangue é conhecido como hipernatremia e sua diminuição de hiponatremia.

Sua carência (pela alimentação, extremamente rara[1]) nos humanos pode causar: anorexia, náuseas, depressão, tonturas, dores de cabeça, dificuldade de memorização, fraqueza muscular[2], perda de peso.[3][4]

Seu excesso (em nível de nutriente) nos humanos pode causar: anorexia, disfunção renal[5], hiperatividade[6], hipertensão, tremor e ganho de peso[7].

Uma maior incidência da hipertensão na atualidade é atribuída ao consumo exagerado de sal na alimentação, em especial no mercado de fast- food e alimentos industrializados[8].

[editar] História

O cátion sódio, ( do italiano soda = sem sabor ) é conhecido em diversos compostos. Foi isolado em 1807 por Sir Humphry Davy através da eletrólise da soda cáustica. Na Europa medieval era empregado como remédio para as enxaquecas um composto de sodio denominado sodanum. O símbolo do sodio (Na), provém de natrón ( ou natrium, do grego nítron ) nome que recebia antigamente o carbonato de sódio.

[editar] Abundância e obtenção

Depósitos de NaCl

O sódio é relativamente abundante nas estrelas, detectando-se sua presença através da linha D do espectro solar, situada aproximadamente no amarelo. A crosta terrestre contém aproximadamente 2,6% de sódio, sendo o quarto elemento mais abundante e o mais comum entre os metais alcalinos.

Atualmente é obtido pela eletrólise ígnea do cloreto de sódio fundido a 808 graus centígrados, procedimento mais econômico que os usados anteriormente. É um metal barato.

O composto mais abundante de sódio é o cloreto de sódio, o sal comum de cozinha. Também se encontra presente em diversos minerais como anfíbolas, trona, halita, zeólitos e outros.

[editar] Compostos

Os compostos de sódio de maior importância industrial e comercial são:

[editar] Isótopos

Há treze isótopos do elemento sódio conhecidos. O único estável é o 23Na. O sódio possui dois isótopos radioativos cosmogênicos: 22Na e 24Na. O primeiro com períodos de semidesintegração de 2605 anos e o segundo de aproximadamente 20 horas.

[editar] Precauções

Na forma metálica o sódio é explosivo, em água é venenoso quando combinado com muitos outros elementos. O metal deve ser sempre manipulado com muito cuidado e, armazenado em atmosfera ou fluidos inertes (normalmente se usam os hidrocarbonetos desidratados, como o querosene) evitando o contato com a água e outras substâncias com os quais o sódio reage.

Sempre o uso de óculos de proteção é necessário, pois seus estilhaços, se houverem, podem reagir violentamente com o fluido lacrimal.

Em caso de contato com a pele, jamais deve-se lavar o local com água, e sim, com álcool, até a completa remoção do metal e posteriormente, tratar como uma queimadura por álcali cáustico, como o hidróxido de sódio.

Sua eliminação é sempre feita em álcool etílico, no qual reage lentamente, formando alcoolato, que posteriormente, pode ser eliminado com água, com muito menos enérgica reação.

[editar] Referências

  1. Maher, J.F.: How to diagnose and treat hyponatremia .Medical Times,107(10):63, 1979.
  2. Bay, W. H. & Ferris, T.F. : Hypernatremia and hyponatremia : Disorders of tonicity. Geriatrics , 31(8): 53 , 1976.
  3. Goodman and Gilman : The Pharmacological Basis of Therapeutics. In Capítulo 38, Michael J. Peach : Anions : Phosphate, Iodide, Fluoride and Other Anions ; pag.798-800 ; 1975 ; MacMillan Publishing Co, 5 a Ed. – New York.
  4. Shils, Maurice E. e colaboradores: Modern Nutrition in Health and Disease. In Capítulo 7, Lindsay H Allen and Richard J. Wood; pg.155-163 , 1994 ; 8 a Ed. Philadelphia.
  5. Friedler, R. M.; Koffler, A. & Kurokawa, K. : Hyponatremia and hypernatremia. Clinical Nephrology, 7(4):163, 1977.
  6. Arieff, A. I. & Guisado, R.: Effects on the central nervous system of hypernatremic and hyponatremic states. Kidney International , 10:104, 1976.
  7. Humes, D.; Narins, R.G. & Brenner, B.M.: Disorders of water balance . Hospital Practice, 14(3): 133, 1979.
  8. Burke, M.D.: Electrolyte studies . Sodium and water . Postgraduate Medicine, 64 (4) : 147, 1978.

Alumínio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Para outros significados de Alumínio, ver Alumínio (desambiguação).

O alumínio é um elemento químico de símbolo Al de número atômico 13 ( 13 prótons e 13 elétrons ) com massa atómica 27 u. Na temperatura ambiente é sólido, sendo o elemento metálico mais abundante da crosta terrestre. Sua leveza, condutividade elétrica, resistência à corrosão e baixo ponto de fusão lhe conferem uma multiplicidade de aplicações, especialmente nas soluções de engenharia aeronáutica. Entretanto, mesmo com o baixo custo para a sua reciclagem, o que aumenta sua vida útil e a estabilidade do seu valor, a elevada quantidade de energia necessária para a sua obtenção reduzem sobremaneira o seu campo de aplicação, além das implicações ecológicas negativas no rejeito dos subprodutos do processo de reciclagem, ou mesmo de produção do alumínio primário.

É dado a Friedrich Wöhler o reconhecimento do isolamento do alumínio, em 1827

Magnésio - Alumínio - Silício

B
Al
Ga


Tabela Periódica
Geral
Nome, símbolo, número Alumínio, Al, 13
Classe , série química
Metal, representativo
(família do boro)
Grupo, período, bloco 13, 3 , p
Densidade, dureza 2697 kg/m³, 2,75
Cor e aparência Cinza prateado
Propriedades atómicas
Massa atómica 26,9815386(8) u
Raio médio 125 pm
Raio atómico calculado 118 pm
Raio covalente 118 pm
Raio de van der Waals Sem dados
Configuração electrónica [Ne]3s²3p1
Estados de oxidação (óxido) 3 ( Anfótero )
Estrutura cristalina Cúbica centrada
nas faces
Propriedades físicas
Estado da matéria Sólido
Ponto de fusão 933,473 K (660,323 °C)
Ponto de ebulição 2792 K (2519 °C)
Entalpia de vaporização 293,4 kJ/mol
Entalpia de fusão 10,79 kJ/mol
Pressão de vapor 2,42x10-6 Pa a 577 K
Velocidade do som 5100 m/s a 933 K
Informações diversas
Eletronegatividade 1,61 (Pauling)
Calor específico 900 J/(kg·K)
Condutividade elétrica 37,7x106/m Ω
Condutividade térmica 237 W/(m·K)
Potenciais de ionização
1º ="577,5" kJ/mol 6º ="18379" kJ/mol
2º ="1816,7" kJ/mol 7º ="23326" kJ/mol
3º ="2744,8" kJ/mol 8º ="27465" kJ/mol
4º ="11577" kJ/mol 9º ="31853" kJ/mol
5º ="14842" kJ/mol 10º ="38473" kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso. AN (%) Vida média MD ED (MeV) PD
26Al Sintético 7,17×105 a ε 4,004 26Mg
27Al 100 Al é isótopo estável com 14 nêutrons
Unidades SI e CNTP, exceto onde indicado o contrário

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[editar] Características principais

O alumínio é um metal leve, macio e resistente. Possui um aspecto cinza prateado e fosco, devido à fina camada de óxidos que se forma rapidamente quando exposto ao ar. O alumínio não é tóxico como metal, não-magnético, e não cria faíscas quando exposto à atrito. O alumínio puro possui tensão de cerca de 19 megapascais (MPa) e 400 MPa se inserido dentro de uma liga. Sua densidade é aproximadamente de um terço do aço ou cobre. É muito maleável, muito dúctil, apto para a mecanização e fundição, além de ter uma excelente resistência à corrosão e durabilidade devido à camada protetora de óxido. É o segundo metal mais maleável, sendo o primeiro o ouro, e o sexto mais dúctil. Por ser um bom condutor de calor, é muito utilizado em panelas de cozinha.

[editar] Aplicações

Considerando a quantidade e o valor do metal empregado, o uso do alumínio excede o de qualquer outro metal, exceto o aço. É um material importante em múltiplas atividades econômicas.

O alumínio puro é mais dúctil em relação ao aço , porém suas ligas com pequenas quantidades de cobre, manganês, silício, magnésio e outros elementos apresentam uma grande quantidade de características adequadas às mais diversas aplicações. Estas ligas constituem o material principal para a produção de muitos componentes dos aviões e foguetes.

Quando se evapora o alumínio no vácuo, forma-se um revestimento que reflete tanto a luz visível como a infravermelha, sendo o processo mais utilizado para a fabricação de refletores automotivos , por exemplo. Como a capa de óxido que se forma impede a deterioração do revestimento, utiliza-se o alumínio para a fabricação de espelhos de telescópios, em substituição aos de prata.

Devido à sua grande reatividade química é usado, quando finamente pulverizado, como combustível sólido para foguetes e para a produção de explosivos. Ainda usado como ánodo de sacrifício e em processos de aluminotermia para a obtenção de metais.

Outros usos do alumínio são:

  • Meios de Transporte: Como elementos estruturais em aviões, barcos, automóveis, tanques, blindagens e outros.
  • Embalagens: Papel de alumínio, latas, tetrabriks e outras.
  • Construção civil: Janelas, portas, divisórias, grades e outros.
  • Bens de uso: Utensílios de cozinha, ferramentas e outros.
  • Transmissão elétrica: Ainda que a condutibilidade elétrica do alumínio seja 60% menor que a do cobre, o seu uso em redes de transmissão elétricas é compensado pela seu menor custo e densidade, permitindo maior distância entre as torres de transmissão.
  • Como recipientes criogênicos até -200 ºC e, no sentido oposto, para a fabricação de caldeiras
  • Observação: As ligas de alumínio assumem diversas formas como a Duralumínio.
  • Descobriu-se recentemente que ligas de gálio-alumínio em contato com água produzem uma reação química dando como resultado hidrogênio, por impedir a formação de camada protetora (passivadora) de óxido de alumínio e fazendo o alumínio se comportar similarmente a um metal alcalino como o sódio ou o potássio.[1][2] Tal popriedade é pesquisada como fonte de hidrogênio para motores, em substituição aos derivados de petróleo e outros combustíveis de motores de combustão interna.

[editar] História

Tanto na Grécia como na Roma antigas se empregava a pedra-ume (do latim alūmen ), um sal duplo de alumínio e potássio, como mordente em tinturaria e adstringente em medicina, uso ainda em vigor.

Geralmente é dado a Friedrich Wöhler o reconhecimento do isolamento do alumínio, fato que ocorreu em 1827, apesar de o metal ter sido obtido impuro alguns anos antes pelo físico e químico Hans Christian Ørsted.

Em 1807, Humphrey Davy propôs o nome aluminum para este metal ainda não descoberto. Mais tarde resolveu-se trocar o nome para aluminium por coerência com a maioria dos outros nomes latinos dos elementos, que usam o sufixo -ium. Desta maneira ocorreu a derivação dos nomes atuais dos elementos em outros idiomas. Entretanto, nos EUA, com o tempo se popularizou a outra forma, hoje admitida também pela IUPAC.


Apesar do alumíno ser um metal encontrado em abundância na crosta terrestre (8,1%) raramente é encontrado livre. Suas aplicações industriais são relativamente recentes, sendo produzido em escala industrial a partir do final do século XIX. Quando foi descoberto verificou-se que a sua separação das rochas que o continham era extremamente difícil. Como conseqüência, durante algum tempo, foi considerado um metal precioso, mais valioso que o ouro. Com o avanço dos processos de obtenção os preços baixaram continuamente até colapsar em 1889, devido à descoberta anterior de um método simples de extração do metal. Atualmente, um dos fatores que estimulam o seu uso é a estabilidade do seu preço, provocada principalmente pela sua reciclagem.

Em 1859, Henri Sainte-Claire Deville anunciou melhorias no processo de obtenção, ao substituir o potássio por sódio e o cloreto simples pelo duplo. Posteriormente, com a invenção do processo Hall-Héroult em 1886, simplificou-se e barateou-se a extração do alumínio a partir do mineral. Este processo, juntamente com o processo Bayer , descoberto no mesmo ano, permitiram estender o uso do alumínio para uma multiplicidade de aplicações até então economicamente inviáveis.

A recuperação do metal a partir da reciclagem é uma prática conhecida desde o início do século XX. Entretanto, foi a partir da década de 1960 que o processo se generalizou, mais por razões ambientais do que econômicas.

O processo ordinário de obtenção do alumínio ocorre em duas etapas: a obtenção da alumina pelo processo Bayer e, posteriormente, a eletrólise do óxido para obter o alumínio. A elevada reatividade do alumínio impede extraí-lo da alumina mediante a redução, sendo necessário obtê-lo através da eletrólise do óxido, o que exige este composto no estado líquido. A alumina possui um ponto de fusão extremamente alto (2000 °C) tornando inviável de forma econômica a extração do metal. Porém, a adição de um fundente, no caso a criolita, permite que a eletrólise ocorra a uma temperatura menor, de aproximadamente 1000 ºC. Atualmente, a criolita está sendo substituída pela ciolita, um fluoreto artificial de alumínio, sódio e cálcio.

[editar] Isótopos

O alumínio possui nove isótopos , cujas massas atômicas variam entre 23 e 30 u. Somente o Al-27, estável, e o Al-26, radioativo com uma vida média de 7,2×105 anos, são encontrados na natureza. O Al-26 é produzido na atmosfera a partir do bombardeamento do argônio por raios cósmicos e prótons. Os isótopos têm aplicação prática na datação de sedimentos marinhos, gelos glaciais, meteoritos, etc. A relação Al-26 / Be-10 é empregada na análise de processos de transporte, deposição, sedimentação e erosão a escalas de tempo de milhões de anos.

O Al-26 cosmogênico se aplicou primeiro nos estudos da Lua e dos meteoritos. Estes corpos espaciais se encontram submetidos a intensos bombardeios de raios cósmicos durante suas viagens espaciais, produzindo-se uma quantidade significativa de Al-26. Após o impacto contra a Terra, a atmosfera que filtra os raios cósmicos detém a produção de Al-26, permitindo determinar a época em que o meteorito caiu.

[editar] Alumínio Transparente

O alumínio transparente é hoje uma realidade. Sua descoberta foi prevista no filme de ficção científica Star Trek 4 (Jornada nas Estrelas 4). O alumínio transparente é conhecido na indústria como ALONTM, se trata de um oxinitrato policristalino de alumínio, ou seja, uma cerâmica transparente cristalizada sobre átomos de alumínio. Apesar de ser uma cerâmica, é muito mais resistente que o vidro blindado, e seu desenvolvimento foi inicialmente buscado pelo exército americano para a construção de janelas em veículos blindados. O alumínio transparente é muito mais resistente, leve e fino que o vidro blindado, oferecendo diversas vantagens para a blindagem de veículos. Apresenta diversas outras vantagens sobre o vidro, e para uso civil já está sendo usado em leitores de código de barras em supermercados devido ao seu alto índice de transparência para luz visível e ultravioleta. Muitas outras aplicações estão previstas para o ALONTM (alumínio transparente), e até mesmo as latas de cerveja e refrigerante serão fabricadas nesse material (em 20 ou 30 anos). Todo o mercado pode se beneficiar dessa descoberta, dependendo somente da queda do preço desse produto, pois o método de produção do ALONTM é ainda 5 vezes mais caro que o vidro blindado. Muitas pesquisas estão avançando nesse campo, basta lembrar que o alumínio já foi considerado metal nobre devido ao mesmo problema (alto custo de fabricação) e hoje é um material muito barato.

[editar] Precauções

O alumínio é um dos poucos elementos abundantes na natureza que parecem não apresentar nenhuma função biológica significativa. Algumas pessoas manifestam alergia ao alumínio, sofrendo dermatites ao seu contato, inclusive desordens digestivas ao ingerir alimentos cozidos em recipientes de alumínio. Para as demais pessoas o alumínio não é considerado tão tóxico como os metais pesados, ainda que existam evidências de certa toxicidade quando ingerido em grandes quantidades. Em relação ao uso de recipientes de alumínio não se têm encontrado problemas de saúde, estando estes relacionados com o consumo de antiácidos e antitranspirantes que contêm este elemento. Tem-se sugerido que o alumínio possa estar relacionado com o mal de Alzheimer, ainda que esta hipótese não tenha comprovação conclusiva.

O Alumínio é um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre na forma de óxido de alumínio (Al2O3). Talvez por causa disto ele é tido como inofensivo mas a exposição a altas concentrações pode causar problemas de saúde principalmente quando na forma de íons em que ele é solúvel em água.

A ingestão do alumínio pode acontecer através da comida, do ar e contato com a pele. A ingestão por muito tempo do alumínio em concentrações altas pode levar a sérios problemas de saúde como:

  • Demência
  • Danos ao sistema nervoso central
  • Perda de memória
  • Surdez
  • Fortes tremores
  • Dores musculares
  • Cólicas
  • Fraqueza
  • Inapetência
  • Impotência
  • Menstruação masculina


A inspiração de alumínio em pó em fábricas onde este elemento é utilizado no processo de produção pode levar à fibrose pulmonar e outros danos ao pulmão. Este efeito conhecido como Mal de Shaver é complicado pela presença no ar de sílica e óxido de ferro. Na diálise renal ele pode penetrar nos rins e causar danos.

Sua concentração parece ser maior em lagos ácidos. Nestes lagos o número de peixes e anfíbios está diminuindo devido a reações de íons de alumínio com proteínas nos alevinos de peixes e embriões de anfíbios.

[editar] Referências

  1. Purdue University (April 10, 2007). Purdue Energy Center symposium to pave the road to a hydrogen economy. Press release.
  2. "New process generates hydrogen from aluminum alloy to run engines, fuel cells". PhysOrg.com. 16 May 2007.

[editar] Ligações externas

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O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Alumínio

[editar] Veja também