Principais características
O magnésio é um metal bastante resistente e leve, aproximadamente 30% menos denso que o alumínio. Possui coloração prateada, perdendo seu brilho quando exposto ao ar, por formar óxido de magnésio. Quando pulverizado e exposto ao ar se inflama produzindo uma chama branca. Reage com a água somente se esta estiver em ebulição, formando hidróxido de magnésio e liberando hidrogênio.
[editar] Aplicações
Os compostos de magnésio, principalmente seu óxido, é usado como material refratário em fornos para a produção de ferro e aço, metais não ferrosos, cristais e cimento. Assim como na agricultura, indústrias químicas e de construção. O uso principal do metal é como elemento de liga com o alumínio , empregando-a para a produção de recipientes de bebidas, componentes de automóveis como aros de roda e, maquinárias diversas. O alumínio também é usado para eliminar o enxofre do aço e ferro.
Outros usos:
- Aditivo em propelentes convencionais.
- Obtenção de fundição nodular (Fe-Si-Mg).
- Agente redutor na obtenção de urânio e outros metais a partir de seus sais.
- O hidróxido ( leite de magnésia ), o cloreto, o sulfato ( sal de Epsom ) e o citrato são empregados em medicina.
- O pó de carbonato de magnésio ( MgCO3 ) é utilizado por atletas como ginastas, alpinistas e levantadores de peso para eliminar o suor das mãos e segurar melhor os objetos.
- Outros usos incluem flashes fotográficos, pirotecnia e bombas incendiárias.
O Mg também é encontrado em alimentos como vegetais e cereais. Recentes pesquisas indicam o Magnésio como responsável por retardar o envelhecimento celular, além de ser responsável por inúmeras funções metabólicas intracelulares.
Vide: http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8672
[editar] Papel biológico
O magnésio é importante para a vida, tanto animal como vegetal. A clorofila é uma substância complexa de porfirina-magnésio que intervem na fotossíntese.
É um elemento químico essencial para o homem. A maior parte do magnésio no organismo é encontrada nos ossos e, seus íons desempenham papéis de importância na atividade de muitas coenzimas e, em reações que dependem da ATP. Também exerce um papel estrutural, o íon de Mg2+ tem uma função estabilizadora para a estrutura de cadeias de ADN e ARN.
Dependendo do peso e da altura, a quantidade diária necessária e recomendada varia de 300 a 350 mg, quantidade que poderia ser obtida facilmente, visto que o magnésio estava presente na maioria dos alimentos, principalmente, nas folhas verdes das hortaliças, nas sementes, nozes, leguminosas e cereais integrais; contudo, a agricultura intensiva produz alimentos carentes desse mineral. O aumento na ingestões de cálcio, proteína, vitamina D e álcool, bem como o estresse físico e psicológico aumentam as necessidades de magnésio.
Sua carência nos humanos pode causar: agitação, anemia, anorexia, ansiedade, mãos e pés gelados, perturbação da pressão sanguínea (tanto com hipertensão como hipotensão), insônia, irritabilidade, náuseas, fraqueza e tremores musculares, nervosismo, desorientação, alucinações, pedras nos rins e taquicardia. Essencial para a fixação correta do cálcio no organismo; a deficiência de magnésio pode causar endurecimento das artérias e calcificação nas cartilagens, articulações e válvulas cardíacas; sua carência pode causar descalcificação nos ossos (osteoporose).
Seu excesso (em nível de nutriente) nos humanos pode causar: rubor facial, hipotensão, fraqueza muscular, náuseas, insuficiência respiratória, boca seca e sede crônica.[1][2][3][4]
[editar] História
O nome é originário de Magnésia, que em grego designava uma região da Tessália. O inglês Joseph Black, reconheceu o magnésio como um elemento químico em 1755. Em 1808 Sir Humphry Davy obteve o metal puro mediante a eletrólise de uma mistura de magnésia e HgO (óxido de mercúrio).
[editar] Abundância e obtenção
O magnésio é o sexto elemento mais abundante na crosta terrestre. Não é encontrado livre na natureza, porém entra na composição de mais de 60 minerais, sendo os mais importantes industrialmente os depósitos de dolomita, magnesita, brucita, carnallita, serpentina, kainita e olivina.
O metal é obtido principalmente pela eletrólise do cloreto de magnésio ( MgCl2 ), método que já foi empregado por Robert Bunsen, obtendo-o de salmouras e água de mar.
[editar] Isótopos
O Mg-26 é um isótopo estável empregado nas datações geológicas, como o Al-26, do qual é originário. Nas inclusões ricas em cálcio e alumínio (CAI em inglês) de alguns meteoritos (os objetos mais antigos do sistema solar) se tem encontrado quantidades de Mg-26 maiores do que o esperado , atribuindo-se o fato ao decaimento do Al-26. Como estes objetos se desprenderam em etapas anteriores à formação dos planetas e asteroides, não sofreram os processos geológicos que fizeram desaparecer as estruturas condríticas formadas a partir das inclusões e, portanto, guardaram a informação acerca da idade do sistema solar.
Nestes estudos se compara as proporções Mg-26/Mg-24 e Al-27/Mg-24, para determinar dessa maneira, de forma indireta, a relação Al-26/Al-27 incial da amostra no momento em que esta se separou das regiões de pó da névoa présolar, determinando o início da formação do nosso sistema solar.
[editar] Precauções
O magnésio é extremamente inflamável, especialmente quando está pulverizado. Reage rapidamente, com liberação de calor, em contato com o ar, motivo pelo qual deve ser manipulado com precaução. O fogo produzido pelo magnésio, portanto, não deverá ser apagado através do uso de água.
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